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escravo fiquei do teu amor
escondo o meu peito
para não poderes ver
as cicatrizes da minha alma
marcadas pela rebeldia do meu corpo
quero afastar-me de ti
para não me condenar a amar-te
mas não consigo lutar contra a força
desse teu poder que me domina
com armas que me fazem ferida
os teus lábios ardentes chicoteiam a carne
o teu olhar penetra como uma flecha
vinda da besta dos teus ousados seios
teu sexo masmorra funda onde me prendes
prisioneiro faminto rendido na solitária
onde me torturas a olhar tuas nádegas
ata-me ao pelourinho do teu corpo
e nu abandona-me à luz do dia
para à noite gozar carícias divinas
vindo do sonho da luz do luar
sei que um dia deixarei de sofrer
quando ficar livre de ti
quero apenas pedir-te então
deixa-me morrer em teus braços
retirei a capa dos meus sonhos
a andar por ai nas noites escuras
e em golpe rápido cortei-lhe a garganta
para que a sua voz tentadora
não enfeitice mais ilusões
ainda a confundo nas sombras
abano a solidão para ter a certeza
que afastei todo o sofrimento
já não está quem não chega
a chuva de hoje lançou à sarjeta
esta falsa vida de querer ser
este inexplicável olhar de ver
almas e corpos em orgia
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